Compositores: Wilson Batista e Augusto Garcez
Intérprete: Linda Batista
Acompanhamento: Benedito Lacerda e Seu Regional
Gravação: 21/09/1945 (lado A do 78 rpm nº 80-0348 da Victor – Matriz S-078294).
Áudio: arquivo IMS
Foto: Revista do Vasco de abril
de 1961.
Letra:
Vamos lá
Que hoje é de graça
No boteco do José
Entra homem, entra menino
Entra velho, entra mulher
É só dizer que é vascaíno
Que ali tudo lelé
Coro: Vamos lá
Que hoje é de graça
No boteco do José
Entra homem, entra menino
Entra velho, entra mulher
É só dizer que é vascaíno
Que é amigo do Lelé
Solta foguete até de madrugada
Canta-se o fado bebendo achampanhada
Segunda-feira só abre por insistência
Quando o Vasco é campeão
Seu José vai à falência!
Em 1945, o Vasco foi campeão invicto (com 13 vitórias e 5 empates) e Lelé foi o artilheiro do campeonato, com 13 gols. “No Boteco do José” foi um sucesso no carnaval seguinte.
Manuel Pessanha, o atacante Lelé (23/03/1918 – 16/08/2003), jogou no Vasco de 1943 a 1948. Foi revelado pelo Madureira, onde, com Isaías e Jair Rosa Pinto, formou um trio apelidado de “Os Três Patetas”. Em 1943, os três foram para o Vasco. Lelé foi novamente campeão carioca invicto em 1947 e campeão sul-americano (também invicto) em 1948.
A música foi relançada em várias coletâneas e regravada por diversos intérpretes. Uma de suas releituras é o “Interlúdio Nada Romântico nº 03, ou No Boteco do José”, um pot-pourri com mais três músicas, todas com temática de futebol, escritas pelo compositor rubro-negro Wilson Batista:
- “Coisas do Destino”:
Ai, ai, são coisas do destino
Sou Rubro-Negro
Meu patrão é vascaíno (...);
- “Samba Rubro Negro” (em parceria com Jorge de Castro);
- “...E o Juiz Apitou” (em parceria com Antônio Almeida):
Eu tiro o domingo para descansar
Mas não descansei
Que louco eu fui
Regressei do futebol
Todo queimado de sol
O Flamengo perdeu
Pro Botafogo
Amanhã vou trabalhar
Meu patrão é vascaíno
E de mim vai zombar (...).
Essa versão, interpretada por Cláudia Ventura e Rodrigo Alzuguir, é a faixa 24 do CD 2 “O Samba Carioca de Wilson Baptista – O espetáculo” (Biscoito Fino, 2011).
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