sexta-feira, 27 de maio de 2022

Vasco da Gama, 1929

Compositores / Intérpretes: Antônio Francisco da Conceição e Henrique Xavier Pinheiro

Gravação: 29/11/1929 (lado A do 78 rpm nº 13.092 da Parlophon – Matriz 3173). Relançado pela Odeon em junho de 1933 (nº 11.008).

Áudio: arquivo IMS

Foto: selo do disco (reprodução internet).

 

Instrumental (Duo de guitarras).

Antônio Francisco da Conceição era um instrumentista especializado em guitarra portuguesa e em músicas com temática lusitana.  Henrique Xavier Pinheiro, conhecido como o “Baiano do Violão”, foi amigo de Luiz Gonzaga e os dois chegaram a formar uma dupla quando o “Rei do Baião” chegou ao Rio de Janeiro, em 1939.

Henrique Xavier e sua esposa, a portuguesa Leopoldina de Castro Xavier, foram padrinhos de Gonzaguinha e o criaram no morro de São Carlos, então um reduto português no Rio de Janeiro. Gonzaguinha se tornou, mais tarde, torcedor do Vasco.

A coluna “Discos e Machinas Falantes”, do jornal O Paiz de 02/02/1930 escreve, sobre o disco:

“Uma apreciável homenagem ao brilhante Club de Regatas Vasco da Gama e sentimental valsa [Elza] formam este bem gravado disco em que os autores das músicas capricham nas suas guitarras legitimamente portuguesas.”

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Hino Triunfal Vasco da Gama, 1918

Compositor: Joaquim Barros Ferreira da Silva

Intérprete: Orfeão Portugal

Acompanhamento: Orquestra Brunswick

Lançamento: 1930 (lado A do 78 rpm nº 10.068 da Brunswick – Matriz 476).

Áudio: arquivo IMS

Foto: propaganda publicada no Correio da Manhã de 14/09/1930.

 

 

Letra:

 

Clangoroso apregoa, altaneiro

O clarim estridente da fama

Que dos clubes do Rio de Janeiro

O invencível é o Vasco da Gama.

Se vitórias já tem no passado

Glórias mil há de ter no porvir

O seu nome é por nós adorado

Como estrela no céu a fulgir!

                                                    

Avante então

Que pra vencer

Sem discussão

Basta querer

Lutar, lutar

Os vascaínos

De terra e mar

Os paladinos.

 

É mundial

A sua fama

Vasco da Gama

Não tem rival

Mais uma glória

Lutar, lutar

Vai conquistar

Para a vitória

 

Sobre os peitos leais, vascaínos,

Brilha a Cruz gloriosa de Malta

Corações varonis, leoninos,

Que o amor pelo Vasco inda exalta.

 

Quando o Vasco em qualquer desafio

Lança em campo o seu grito de guerra

Invencível, nervoso arrepio

Faz tremer o rival e a terra!

 

Avante então

Que pra vencer

Sem discussão

Basta querer

Lutar, lutar

Os vascaínos

De terra e mar

Os paladinos.

 

É mundial

A sua fama

Vasco da Gama

Não tem rival

Mais uma glória

Lutar, lutar

Vai conquistar

Para a vitória 

 

Essa música é o primeiro hino do Vasco. O livro de José da Silva Rocha Vasco da Gama Histórico – Vol. 1: 1898-1923 (1975: 245) conta como foi oferecida ao clube:

“Como reflexo das simpatias despertadas em todos os círculos da vida social da cidade chegou à diretoria em agosto por intermédio do vice-presidente Raul Ferreira a oferta singular e comovedora de uma composição musical com letra do poeta e compositor Joaquim Barros Ferreira da Silva consagrada como hino do Vasco da Gama.”

A letra transcrita no livro traz duas estrofes que a gravação de 1930 não apresenta:


Vascaínos, avante é lutar

Sempre o Vasco venceu quando quis

Quer em terra, ou ainda no mar

Nunca o Vasco baixou a cerviz

 

Viva, pois, nosso Vasco da Gama

Nosso clube leal, valoroso

Tudo o diz, assegura e proclama

Nosso Vasco é o mais glorioso

 

Avante, então, etc.

 

O hino foi regravado pelo intérprete Bruno Castro na faixa 13 do CD que acompanha o livro “Os Hinos do Futebol Carioca” (2012) com o título “Primeiro Oficial CRVG”. 

 

Flamengo x Vasco, 2011

Compositores e Intérpretes: Melão e Mara Reprodução: Youtube – Gleison Santos     Letra:   Eu vou botar meu time em campo, Meu t...