Compositor: Aldir Blanc
Foto: Placar de outubro de 1993
Letra:
Naquela tarde chuvosa no Maracanã
O goleiro do Bangu bobeou, Vavá marcou
Na arquibancada molhada o negro e o português por antecipação
Tinham em mãos o caneco de 56.
Daquela tarde aos 10 não me esquecerei:
Fui pra Rua dos Artistas, me gripei, caí de cama.
Doído, com 40 graus, encolhido dentro do pijama,
Contraí essa doença: ser Vasco da Gama!
O Expresso veio com Carlos Alberto, Paulinho e Bellini,
Laerte, Orlando e Coronel completavam a defesa do time.
Sabará na direita, o esquecido Livinho e Vavá.
Grande Walter Marciano e o Pinga pra fechar.
A cada grande vitória renasce o menino
Que agita o pendão cruzmaltino.
Esse é o segredo que existe em qualquer vascaíno.
A letra acima foi publicada na revista Placar nº 1088, de outubro de 1993, em uma reportagem sobre compositores vascaínos. Dizia o texto: “Vascaíno ‘doente’, Aldir cantou sua paixão pelo clube no samba ‘Gol Anulado’, gravado por João Bosco, parceiro na composição, em 1974. Mas tem outra letra inédita, inspirada pelo Vasco e dedicada ao Lulu, dono de um bar no centro do Rio, que Placar publica [...] com exclusividade.”
Os versos, nunca musicados, se referem ao título do Campeonato Carioca de 1956, quando o Vasco foi campeão com uma rodada de antecedência, ao derrotar o Bangu. O poema está também no livro que Aldir Blanc escreveu em parceria com José Reinaldo Marques “A Cruz do Bacalhau” (2009) e foi bastante reproduzido em reportagens sobre o falecimento do compositor, ocorrido em 04 de maio de 2020.
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